REAÇÃO DO MpD SOBRE O NOVO PCFR - PROFESSORES
Friday, March 7, 2025
Começaria por dar os parabéns aos professores e ao governo por mais este passo positivo do sistema educativo cabo-verdiano.
O desenvolvimento atual e futuro das nações não mais está condicionado pela abundância ou não de requizas naturais. O mundo atual é das novas tecnologias e da maior ou menor capacidade das nações em dominá-las e produzi-las. Os efeitos atuais da Inteligência Artificial aí estão para no-lo provar. Em todos os domínios.
Por essa razão é importante aqui lembrar que a qualidade dos recursos humanos são, cada vez mais, a mola do desenvolvimento dos países.
No nosso caso são o recurso maior. Por essa razão, é fundamental que, na sua formação e capacitação, seja alocada a maior parte do bolo orçamental do País e tudo seja feito para a valorização do seu elemento mais central:
OS PROFESSORES.
Este novo estatuto dos professores (agora PCFR) é fruto de uma longa negociação entre os representantes da classe e o Governo, através dos Ministérios da Educação, da Administração Pública e das Finanças. Uma longa negociação que se estendeu por quase 2 anos e que teve vários momentos tensos, com alguns protagonista improváveis.
Creio, no entanto que, apesar dos diferendos tornados públicos durante o processo que conduziu à sua aprovação, promulgação e publicação, o diploma pode agora ser considerado de consensual, a ajuizar pelos pronunciamentos das diversas partes.
Os professores ficaram com um normativo regulatório da carreira, de longe melhor e mais funcional e garantistico do que o anterior e o Governo, nos limites das disponibilidades das finanças publicas, respondeu às expectativas da classe.
Não se conseguiu tudo, é verdade, mas creio que haverá sempre espaço para as emendas que o tempo e o desempenho ditarem, garantindo sempre que os professores são e serão sempre o elemento preponderante do sistema educativo cabo-verdiano.
Estou convencido de que os professores estão cientes da importância da sua função no sistema de valorização/formação dos agentes do desenvolvimento do futuro.
Estão igualmente cientes do facto de que, apesar de a questão salarial ser importante, a construção de uma educação propulsora de um desenvolvimento moderno passa pelo seu empoderamento técnico-profissional, pela sua adaptação ao mundo das novas tecnologias e pelo alinhamento com o que de mais moderno se conhece sobre a educação.
Creio igualmente que o Governo está ciente das suas atribuições, no sentido de encontrar as soluções para o financiamento global do sistema educativo e garantir que as conquistas ora conseguidas sejam irreversíveis e o prelúdio de uma nova era de paz.